Povos indígenas: pandemia interrompe vidas e coloca em risco saberes ancestrais
• O site Memoráveis está em construção. Se você é familiar de uma vítima da Covid-19, indígena da região do Rio Negro (de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro ou São Gabriel da Cachoeira), e deseja compartilhar a história do seu parente neste memorial, entre em contato com a gente pelo email memoraveis@foirn.org.br •
Calmo e generoso, seu Feliz – como o artista da etnia Tukano era conhecido – estava sempre aberto a novos desafios e para transmitir seus conhecimentos. Seus trabalhos estão em instituições como o Museu de Arte de Belém, o Museu da Amazônia e o Museu Britânico…
Liderança indígena da etnia Tuyuka e conhecedor tradicional, Higino Tenório foi uma das grandes referências do Rio Negro. Tinha uma marcante curiosidade e avidez por conhecer e aprender, num incansável esforço por entender os diferentes…
Diretor da Foirn, Isaías Baniwa carregava características presentes no seu nome de benzimento, Komadeeroa. Em tradução aproximada para o português, a palavra significa “líder guerreiro, manso como pato”…
Indígena da etnia Piratapuia, Jerônimo Chaves Gomes, saiu de Aracu-Ponta, no Rio Uaupés, quando era moço, carregando a família em viagem de 30 dias até chegar a São Gabriel. Na cidade, estabeleceu moradia e acolheu os familiares. Morreu na rede, em casa, aos 78 anos, cercado por parentes…
Filho de Dona Darlene, indígena da etnia Baniwa que morreu em Tunuí Cachoeira, no Rio Içana, conta que a mãe tinha diversas atividades. “Sempre cuidava de seus filhos ensinando a viver no mundo através de respeito um ao outro”, relembra…
Além de ser serrador na comunidade de Tunuí Cachoeira, no Rio Içana, Moisés da Silva, da etnia Baniwa, era um homem conciliador, que tinha o dom de saber dialogar. Faleceu em São Gabriel, para onde se mudou para acompanhar a família…
A Covid-19 roubou uma parte do presente e do futuro da família do indígena da etnia Yanomami Valdemar Pereira Lins, de 29 anos, e de sua esposa Daniela Lopes Assis. A filha deles, de 3 anos, foi contaminada pelo novo coronavírus em Maturacá, aldeia onde a família mora. A ihiru – palavra Yanomami para criança – gostava de brincar com o pai na comunidade e dormir na rede com a avó. O casal tem outras duas filhas e, para seguir em frente, conta com a proteção dos pajés contra os espíritos da tristeza…